Quanto mais pesquiso sobre as etapas de uma seleção, mais certeza tenho de que são etapas bem objetivas. Não tem mistério: existe uma série de características que os recrutadores estão buscando e suas chances de ser contratado aumentam à medida que você se enquadra naquele perfil.
Entretanto, não podemos ignorar que estamos sendo avaliados e analisados por pessoas que têm experiências, princípios, opiniões e, até mesmo, pré-conceitos. Sempre achei utópica a ideia de que existem pessoas imparciais.
Por isso, acredito que a empatia é o diferencial dessa etapa. Vi em um artigo do site Administradores.com que uma pesquisa do Korn/Ferry Institute constatou que os primeiros 15 minutos de conversa entre o recrutador e o candidato são decisivos, pois definem o destino da comunicação entre eles. Ainda segundo o estudo, é imprescindível que o candidato se mantenha conectado ao entrevistador, opinando e contribuindo durante a entrevista.
Para manter-se conectado ao recrutador e, ao mesmo tempo conquistar sua empatia, acredito que seja de suma importância demonstrar que você está ali porque acredita naquela empresa, porque deseja fazer parte daquele time, porque tem alguma coisa a acrescentar. Não existe maneira mais rápida de perder a empatia de seu futuro chefe do que deixar trasparecer que você está ali só pelo excelente salário e pelas oportunidades de apredizado. Ninguém quer contratar alguém que só deseja "sugar" a empresa.
Nessa fase seus concorrentes têm mais ou menos o seu prepararo: a mesma formação acadêmica, o mesmo nível de conhecimento de outro idioma, o mesmo tipo de experiência profissional, a mesma capacidade técnica. E é por isso que as perguntas têm um tom mais pesssoal. O recrutador deseja saber mais sobre como você é no seu dia-a-dia, como você se comporta em um ambiente de trabalho e, até mesmo, fora dele.
Com perguntas aparentemente simples, o recrutador está avaliando muito além das suas respostas, ele está identificando competências e comportamentos. O objetivo aqui é traçar o seu perfil através de perguntas que permitam descobrir quais foram suas realizações no passado e como você as alcançou. (O "como" é muito mais importante do que as realizações em si).
Por isso acredito que se você deseja demonstrar suas habilidades e competências, nada melhor do que ilustrá-las com situações que você já enfrentou. Na verdade, é exatamente isso que o recrutador está buscando ao te perguntar, por exemplo: "Quem é você?".
Perguntas comuns e que dizem muito sobre como você se comporta no trabalho são: "Fale sobre seu relacionamento com pessoas de diferentes opiniões"; "Conte alguma iniciativa concebida por você na qual tenha sido responsável pela execução. Quais eram os desafios esperados e quais foram encontrados? Como você os superou?".
É importante que o entrevistador faça perguntas diretas e objetivas justamente para que você não baseie suas respostas na maneira como você gostaria de ser ou gostaria de parecer e sim em suas ações. Para que isso seja garantido, o recrutador não exitará em fazer perguntas adicionais com o intuito de verificar se você está sendo sincero.
Assim, a sinceridade deve ser uma constante em suas respostas. Se você for pego mentindo, suas chances de fazer parte daquela empresa, mesmo em uma oportunidade futura, estarão zeradas. Em outras palavras: as portas se fecharão para você.
Contudo, não podemos esquecer que, por mais que a entrevista seja conduzida de maneira informal e pessoal (na maioria das entrevistas você tem a impressão de que está apenas se apresentando àquele que poderá ser seu futuro chefe), você está sendo analisado e avaliado o tempo todo. Por isso preste atenção nos detalhes, pois, como já falei, todos os candidatos estão mais ou menos no mesmo nível e são os detalhes que vão fazer um ou outro dançarem.
Alguns outros pontos importantes que devem ser motivo de reflexão caso você esteja tentando entender o porquê de sua reprovação:
1. Chegar atrasado é quase um crime. Tenha em mente que tempo é um dos bens mais valiosos pra os executivos responsáveis pelas entevistas finais, portanto, seu atraso pode demonstrar, além de desrespeito, descaso e falta de educação, a ausência de uma das competências mais valorizadas em processos de seleção: comprometimento.
2. Lembre-se que a empresa está investindo tempo e dinheiro no processo de seleção, então não se esqueça de demonstrar apreço pela oportunidade que estão lhe oferecendo. Estar vestido de acordo com a ocasião e evitar gírias e palavrões são uma ótima maneira de demonstar apreço.
3. Falar mal de sua ex-empresa ou de seu ex-chefe é o mesmo que dizer: "Ei! Me contrate e eu vou falar mal de você e de sua empresa assim que tiver a oportunidade!".
4. Saber absolutamente nada sobre a empresa e a função para as quais está concorrendo é o mesmo que dizer: "Oi! Cheguei aqui de paraquedas e não estou nem aí pra onde vou trabalhar, só quero receber minha grana no fim do mês!".
5. Se, ao final da entrevista, você não tem nada para perguntar ou nada a acrescentar, provavelmente você não estava muito interessado na entrevista, e consequentemente, no seu futuro emprego.
Por fim, existem aqueles casos onde você acredita que tinha o perfil da vaga, acredita que se saiu bem na entrevista, mas mesmo assim não passou. Pra essa hipótese acredito que tenham pelo menos duas explicações:
1. O entrevistador não foi com a sua cara. Você contraria alguém para trabalhar com você se você não foi com a cara daquela pessoa? Eu não!
2. Você e o outro candidato tinham o perfil praticamente idêntico, o mesmo nível técnico, o mesmo nível de identificação com a empresa e com a vaga, mas o outro candidato tem o perfil mais parecido com o perfil do gestor. (Eu sou contra contratar apenas pessoas parecidas entre si, acho que pode ser um fator limitante ao crescimento da equipe, mas muita gente, muuuita mesmo, não pensa assim!).
Claro que, assim como aconteceu com o post da dinâmica, a entrevista não é um assunto que pode ser esgotado em apenas um post. Mas acredito que muitos vão achar muitas respostas neste aqui!
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Eu, Trainee! (Julianna)
To muito feliz com a primeira participação no meu blog! Sempre acompanhei os posts da Julianna na comunidade Trainee Brasil do Orkut e sempre achei suas participações excelentes!Me senti muito honrada quando ela aceitou meu convite para falar um pouco mais sobre o seu perfil e o perfil da Unilever. Pedi que ela fizesse um resumo de sua carreira, de suas experiências como trainee e que deixasse algumas dicas para nós candidatos. Ah! Pedi que ela incluísse a idade que tinha na época que foi aprovada para ver se conseguimos algum dado concreto a respeito desse ponto delicado!
Fiquei muito feliz com a contribuição dela! Tenho certeza que vocês também ficarão! Boa leitura!
"O fato de eu ter sido trainee é meio doido, não tinha a encanação de ser até porque minha experiência profissional era bem longe de um ambiente corporativo. Mas todo mundo enchia o meu saco pra tentar. Acabei cedendo e disse que só faria um porque não tinha paciência pra dinâmica de grupo. Escolhi logo o mais difícil pra ser eliminada de cara e me focar na pós que estava fazendo (meu objetivo era abrir minha própria empresa). Acabou que eu passei.
Não me lembro direito quais eram as competências que a Unilever buscava na época, mas são todas muito parecidas em todas as empresas (liderança, comprometimento, trabalho em equipe, fluência verbal, raciocínio lógico, relacionamento interpessoal bla, bla, bla). Não acho que seja muito difícil você adequar o seu perfil ao que a empresa busca. A menos que você surte, seja muito tímido ou muito fraco, você não vai bater de frente com ninguém, vai interagir o tempo inteiro, vai contribuir com boas idéias... Isso é deixar de ser você? Não, é apenas mostrar o que você tem de bom.
O que acho que fez a grande diferença na minha aprovação foi, além das competências básicas, a trajetória diferente, toda experiência que isso me trouxe (vim de esporte de alto rendimento, já dei aula de ed. física e na época trabalhava com uma banda) e duas competenciazinhas muito, muito apreciadas nas empresas: inovação e foco em resultado.
O trainee é um talento em potencial, uma aposta que a empresa faz. Tendo em vista o alto custo de um recurso como esse, é um grande risco que a empresa corre. Por isso, quanto mais resultados concretos o candidato mostrar, mais ele facilita a vida do cara que tá recrutando. E inovação é o que vai determinar as empresas que continuam e as que saem do mercado. Por isso elas precisam de mentes criativas desesperadamente.
Então, meu conselho no processo seletivo: não surte, seja carismático, arrebente no case (o resultado final pode ser ridículo, mas a criatividade que se teve para chegar ali vale muito para a sua avaliação) e nas entrevistas mostre não apenas do que você é capaz, mas o que você já fez. Quem não tem experiência profissional, narre a superação que teve ao participar de um campeonato de natação ou a reestruturação de uma ONG à beira da falência, por exemplo. É a forma como se lida com as coisas, independente da importância que isso tem no mundo, que determina se uma pessoa tem ou não o perfil para ser trainee.
Sobre a Unilever: foi um choque muito grande entrar num ambiente corporativo e sair da cidade que mais amo na vida. Demorei a me acostumar. Mas foi só a primeira das pedreiras que um trainee de outro estado enfrenta. Digo mais um porque já tem toda a expectativa da empresa (investe-se muito, cobra-se muito). E tem também uma resistência que você não ouve ninguém falando sobre, apenas sente. Só quem é/foi trainee sabe o que é isso.
Explico: na Unilever (e acredito que nos principais programas), o trainee é chamado HP (high potential). São funcionários que têm prioridade em promoção e muito investimento em treinamento. Na minha época o programa durava dois anos (a turma seguinte já pegou o de três anos), ou seja, depois disso virava gerente. Só que a média normal para se tornar gerente é cinco anos. O que acontecia é que uma galera sem experiência entrava na empresa ganhando mais que os analistas e eram promovidos antes deles. Isso gerava muito ciúme.
Quando me inscrevi no programa, coloquei como primeira opção pesquisa de mercado e segunda trade marketing. Não sei porque eles definiram que eu ia pra RH (você recebia um telefonema em dezembro avisando qual seria a sua unidade de trabalho - HPC, Foods ou IC - e qual a sua área final). E isso me chateou bastante.
A estrutura do programa era um mês de treinamento para absorver a cultura da empresa, conhecer, (não experimentar) as áreas, pessoas (até o presidente), aprender sobre gerenciamento de projetos, conhecer algumas fábricas. Confesso que esse primeiro mês foi o dinheiro mais fácil que eu já ganhei na vida! Depois os trainees são divididos para fazerem um projeto. Eu caí num de marketing. O legal é que tem pouquíssima supervisão; é muita coisa por sua conta e risco. Mas uma armadilha quando não se conhece a área, nem o dia-a-dia da empresa. Ou seja, tem de correr atrás mesmo!
Depois de apresentar o projeto, o trainee vai para o interfuncional, que é uma outra área ou outro processo dentro da área final que vai ajudar mais pra frente. Pularam o meu interfuncional e me colocaram direto na área final, que era RH de IT (eles mudaram muita coisa no RH. Hoje funciona como business partner, mas na época tinha o RH de processos – R&S, benefícios, treinamento etc - e o atendimento das áreas). Mas eu insisti tanto que acabei fazendo junto com a área final.
Como eu caí no RH do projeto de implementação do SAP na América Latina, surgiu a oportunidade de trabalhar com change management. Só que o problema é que eu não curti nem RH, nem IT. Em tese a movimentação dos trainees era para ser fácil. Mas para isso era necessário que a área tivesse necessidade de um HP (não adiantava ela ter necessidade de um analista, pois o planejamento de carreira é diferente).
Acontece que dei azar de ter entrado num ano super complicado para o Brasil por causa da eleição, o dólar estava nas alturas, o planejamento estratégico mundial da Unilever não estava se concretizando, ela tinha um nível de endividamento altíssimo (recente compra da Bestfoods), perdendo share em quase todas as marcas, considerando fechar a 2ª maior fábrica de pós do mundo... enfim, não tinha vaga!
Eu já estava numa cidade que não curtia, trabalhando em áreas que não tinham nada a ver comigo e sem chance de mudar no curto-médio prazo. Até porque estava entrando uma leva nova de 43 trainees (13 a mais que o previsto) e tinham de cavar vaga pra colocar essa gente toda. Eu não me imaginava ficando cada vez mais experiente em algo que não queria.
O grande problema de quase todas as grandes empresas, é que tudo demorado para efetivamente acontecer. Uma mudança é proposta, mas vê-la em ação demora muito. Isso acaba desestimulando. Amo e sempre vou amar os produtos da Unilever, é uma das empresas mais éticas e transparentes que já vi. Mas a cultura organizacional é completamente diferente do que quero para mim. Sou um exemplo típico da geração Y, preciso de desafios constantes.
Finalizando: voltei para o Rio, abri a minha empresa, que recebeu o selo de empresa sustentável por um programa internacional da Shell (LiveWire) e estabeleceu o conceito de desenvolvimento sustentável na cadeia produtiva da música. Mas como eu e meus sócios tivemos divergências sobre os rumos dela, preferimos descontinuá-la. Nisso fui pra área de CSR da Souza Cruz, saí, voltei um pouco pro marketing, mas vi que o que eu queria mesmo é trabalhar com sustentabilidade corporativa.
Como precisava de experiência em outra área (planejamento estratégico, no caso), no ano passado tentei voltar a ser trainee, (cheguei até a última fase da Bematech e fui desclassificada por eles me considerarem overqualified para trainee). Hoje tenho uma consultoria voltada para a implementação da sustentabilidade em pequenas e médias empresas e escrevo uma coluna sobre o tema em uma revista. Além do meu querido blog.
Ah, fui trainee com 23 anos. Mas a média de idade na época 25 anos.".
O blog da Julianna é muuuito legal, vale muito à pena seguir. O endereço é: http://www.sustentabilidadecorporativa.com/
Fiquei muito feliz com a contribuição dela! Tenho certeza que vocês também ficarão! Boa leitura!
"O fato de eu ter sido trainee é meio doido, não tinha a encanação de ser até porque minha experiência profissional era bem longe de um ambiente corporativo. Mas todo mundo enchia o meu saco pra tentar. Acabei cedendo e disse que só faria um porque não tinha paciência pra dinâmica de grupo. Escolhi logo o mais difícil pra ser eliminada de cara e me focar na pós que estava fazendo (meu objetivo era abrir minha própria empresa). Acabou que eu passei.
Não me lembro direito quais eram as competências que a Unilever buscava na época, mas são todas muito parecidas em todas as empresas (liderança, comprometimento, trabalho em equipe, fluência verbal, raciocínio lógico, relacionamento interpessoal bla, bla, bla). Não acho que seja muito difícil você adequar o seu perfil ao que a empresa busca. A menos que você surte, seja muito tímido ou muito fraco, você não vai bater de frente com ninguém, vai interagir o tempo inteiro, vai contribuir com boas idéias... Isso é deixar de ser você? Não, é apenas mostrar o que você tem de bom.
O que acho que fez a grande diferença na minha aprovação foi, além das competências básicas, a trajetória diferente, toda experiência que isso me trouxe (vim de esporte de alto rendimento, já dei aula de ed. física e na época trabalhava com uma banda) e duas competenciazinhas muito, muito apreciadas nas empresas: inovação e foco em resultado.
O trainee é um talento em potencial, uma aposta que a empresa faz. Tendo em vista o alto custo de um recurso como esse, é um grande risco que a empresa corre. Por isso, quanto mais resultados concretos o candidato mostrar, mais ele facilita a vida do cara que tá recrutando. E inovação é o que vai determinar as empresas que continuam e as que saem do mercado. Por isso elas precisam de mentes criativas desesperadamente.
Então, meu conselho no processo seletivo: não surte, seja carismático, arrebente no case (o resultado final pode ser ridículo, mas a criatividade que se teve para chegar ali vale muito para a sua avaliação) e nas entrevistas mostre não apenas do que você é capaz, mas o que você já fez. Quem não tem experiência profissional, narre a superação que teve ao participar de um campeonato de natação ou a reestruturação de uma ONG à beira da falência, por exemplo. É a forma como se lida com as coisas, independente da importância que isso tem no mundo, que determina se uma pessoa tem ou não o perfil para ser trainee.
Sobre a Unilever: foi um choque muito grande entrar num ambiente corporativo e sair da cidade que mais amo na vida. Demorei a me acostumar. Mas foi só a primeira das pedreiras que um trainee de outro estado enfrenta. Digo mais um porque já tem toda a expectativa da empresa (investe-se muito, cobra-se muito). E tem também uma resistência que você não ouve ninguém falando sobre, apenas sente. Só quem é/foi trainee sabe o que é isso.
Explico: na Unilever (e acredito que nos principais programas), o trainee é chamado HP (high potential). São funcionários que têm prioridade em promoção e muito investimento em treinamento. Na minha época o programa durava dois anos (a turma seguinte já pegou o de três anos), ou seja, depois disso virava gerente. Só que a média normal para se tornar gerente é cinco anos. O que acontecia é que uma galera sem experiência entrava na empresa ganhando mais que os analistas e eram promovidos antes deles. Isso gerava muito ciúme.
Quando me inscrevi no programa, coloquei como primeira opção pesquisa de mercado e segunda trade marketing. Não sei porque eles definiram que eu ia pra RH (você recebia um telefonema em dezembro avisando qual seria a sua unidade de trabalho - HPC, Foods ou IC - e qual a sua área final). E isso me chateou bastante.
A estrutura do programa era um mês de treinamento para absorver a cultura da empresa, conhecer, (não experimentar) as áreas, pessoas (até o presidente), aprender sobre gerenciamento de projetos, conhecer algumas fábricas. Confesso que esse primeiro mês foi o dinheiro mais fácil que eu já ganhei na vida! Depois os trainees são divididos para fazerem um projeto. Eu caí num de marketing. O legal é que tem pouquíssima supervisão; é muita coisa por sua conta e risco. Mas uma armadilha quando não se conhece a área, nem o dia-a-dia da empresa. Ou seja, tem de correr atrás mesmo!
Depois de apresentar o projeto, o trainee vai para o interfuncional, que é uma outra área ou outro processo dentro da área final que vai ajudar mais pra frente. Pularam o meu interfuncional e me colocaram direto na área final, que era RH de IT (eles mudaram muita coisa no RH. Hoje funciona como business partner, mas na época tinha o RH de processos – R&S, benefícios, treinamento etc - e o atendimento das áreas). Mas eu insisti tanto que acabei fazendo junto com a área final.
Como eu caí no RH do projeto de implementação do SAP na América Latina, surgiu a oportunidade de trabalhar com change management. Só que o problema é que eu não curti nem RH, nem IT. Em tese a movimentação dos trainees era para ser fácil. Mas para isso era necessário que a área tivesse necessidade de um HP (não adiantava ela ter necessidade de um analista, pois o planejamento de carreira é diferente).
Acontece que dei azar de ter entrado num ano super complicado para o Brasil por causa da eleição, o dólar estava nas alturas, o planejamento estratégico mundial da Unilever não estava se concretizando, ela tinha um nível de endividamento altíssimo (recente compra da Bestfoods), perdendo share em quase todas as marcas, considerando fechar a 2ª maior fábrica de pós do mundo... enfim, não tinha vaga!
Eu já estava numa cidade que não curtia, trabalhando em áreas que não tinham nada a ver comigo e sem chance de mudar no curto-médio prazo. Até porque estava entrando uma leva nova de 43 trainees (13 a mais que o previsto) e tinham de cavar vaga pra colocar essa gente toda. Eu não me imaginava ficando cada vez mais experiente em algo que não queria.
O grande problema de quase todas as grandes empresas, é que tudo demorado para efetivamente acontecer. Uma mudança é proposta, mas vê-la em ação demora muito. Isso acaba desestimulando. Amo e sempre vou amar os produtos da Unilever, é uma das empresas mais éticas e transparentes que já vi. Mas a cultura organizacional é completamente diferente do que quero para mim. Sou um exemplo típico da geração Y, preciso de desafios constantes.
Finalizando: voltei para o Rio, abri a minha empresa, que recebeu o selo de empresa sustentável por um programa internacional da Shell (LiveWire) e estabeleceu o conceito de desenvolvimento sustentável na cadeia produtiva da música. Mas como eu e meus sócios tivemos divergências sobre os rumos dela, preferimos descontinuá-la. Nisso fui pra área de CSR da Souza Cruz, saí, voltei um pouco pro marketing, mas vi que o que eu queria mesmo é trabalhar com sustentabilidade corporativa.
Como precisava de experiência em outra área (planejamento estratégico, no caso), no ano passado tentei voltar a ser trainee, (cheguei até a última fase da Bematech e fui desclassificada por eles me considerarem overqualified para trainee). Hoje tenho uma consultoria voltada para a implementação da sustentabilidade em pequenas e médias empresas e escrevo uma coluna sobre o tema em uma revista. Além do meu querido blog.
Ah, fui trainee com 23 anos. Mas a média de idade na época 25 anos.".
O blog da Julianna é muuuito legal, vale muito à pena seguir. O endereço é: http://www.sustentabilidadecorporativa.com/
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terça-feira, 28 de julho de 2009
Eu, Trainee!
Iniciei uma pesquisa com alguns trainees e ex-trainees. Meu objetivo principal era o de comprovar minha tese de que a identificação com a empresa e com a vaga seria fundamental para uma futura aprovação.
Descobri muito mais do que isso!
Descobri que essa identificação pode não ser tão essencial para a aprovação em um processo de seleção, mas é vital para a realização e satisfação pessoal de um futuro trainee.
Percebi que os jovens que não se preocupam em identificar-se com a vaga e com a empresa, acabam se sentindo frustados e voltam a se candidatar para novos processos de seleção.
Por outro lado, percebi que as empresas que não se adequam às necessidades dos jovens GenY, como a busca por desafios constantes, e o conceito bem mais dinâmico de velocidade típico dessa geração, estão perdendo seus talentos.
Muitos são aqueles jovens que, apesar de conseguir uma vaga em uma empresa dos sonhos, com um salário dos sonhos, não estão satisfeitos. Seja porque descobriram que não se identificam com o perfil daquela empresa, seja porque a empresa não está disposta a se adaptar a essa nova geração que vem cheia de exigências, mas com muita coisa boa a acrescentar.
Nós, GenY somos exigentes! Não queremos apenas trabalhar, participar de projetos, dar idéias inovadoras, receber investimentos em nosso desenvolvimento profissional etc. Nós queremos fazer a diferença! Queremos que as empresas se adptem ao nosso conceito de velocidade, pois somos jovens extremamente dinâmicos. Queremos ser desafiados!
Mas também temos muito a acrescentar! Temos a capacidade de realizar inúmeras tarefas ao mesmo tempo sem perder o foco, temos a capacidade de absorver informações e implementá-las em uma velocidade impressionante, amamos saber tudo de tudo e queremos que essas e outras capacidades típicas da nossa geração sejam reconhecidas e exploradas.
Somos uma geração que nasceu para trabalhar sob pressão, que nasceu pra ter seus talentos explorados. Nós gostamos disso! Mas necessitamos de reconhecimento assim como a água é essencial à sobrevivência de qualquer ser vivo.
Resolvi publicar os depoimentos dos trainees e ex-trainees para que nós candidatos possamos esclarecer dúvidas e entender um pouco mais sobre o mundo que nos aguarda!
Bem vindos ao mundo dos trainees!
Descobri muito mais do que isso!
Descobri que essa identificação pode não ser tão essencial para a aprovação em um processo de seleção, mas é vital para a realização e satisfação pessoal de um futuro trainee.
Percebi que os jovens que não se preocupam em identificar-se com a vaga e com a empresa, acabam se sentindo frustados e voltam a se candidatar para novos processos de seleção.
Por outro lado, percebi que as empresas que não se adequam às necessidades dos jovens GenY, como a busca por desafios constantes, e o conceito bem mais dinâmico de velocidade típico dessa geração, estão perdendo seus talentos.
Muitos são aqueles jovens que, apesar de conseguir uma vaga em uma empresa dos sonhos, com um salário dos sonhos, não estão satisfeitos. Seja porque descobriram que não se identificam com o perfil daquela empresa, seja porque a empresa não está disposta a se adaptar a essa nova geração que vem cheia de exigências, mas com muita coisa boa a acrescentar.
Nós, GenY somos exigentes! Não queremos apenas trabalhar, participar de projetos, dar idéias inovadoras, receber investimentos em nosso desenvolvimento profissional etc. Nós queremos fazer a diferença! Queremos que as empresas se adptem ao nosso conceito de velocidade, pois somos jovens extremamente dinâmicos. Queremos ser desafiados!
Mas também temos muito a acrescentar! Temos a capacidade de realizar inúmeras tarefas ao mesmo tempo sem perder o foco, temos a capacidade de absorver informações e implementá-las em uma velocidade impressionante, amamos saber tudo de tudo e queremos que essas e outras capacidades típicas da nossa geração sejam reconhecidas e exploradas.
Somos uma geração que nasceu para trabalhar sob pressão, que nasceu pra ter seus talentos explorados. Nós gostamos disso! Mas necessitamos de reconhecimento assim como a água é essencial à sobrevivência de qualquer ser vivo.
Resolvi publicar os depoimentos dos trainees e ex-trainees para que nós candidatos possamos esclarecer dúvidas e entender um pouco mais sobre o mundo que nos aguarda!
Bem vindos ao mundo dos trainees!
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quinta-feira, 23 de julho de 2009
Não passei na dinâmica de Grupo!!!
Para mim a Dinâmica de Grupo é a etapa mais difícil de qualquer seleção. Ao chegar aqui seu currículo já foi aprovado e suas habilidades técnicas essenciais também. Agora é só se encaixar no tal do perfil!
É importante relembrar que o perfil desejado já foi traçado pela empresa antes mesmo do processo começar e que cada perfil é composto por uma série de competências e atitudes comportamentais que deverão ser apresentadas pelos candidatos.
A menos que você tenha acesso ao perfil desejado, está na hora de estudar muito sobre a empresa: seus valores, sua visão, sua missão, o produto final, o perfil de seus colaboradores e, principalmente, estudar sobre a vaga para qual você está se candidatando.
Isto porque, o perfil traçado leva em consideração todas essas variáveis e é de suma importância que você se identifique com elas. (Já estou realizando uma pesquisa e vou fazer um tópico só sobre perfis para tentarmos aprofundar nesse assunto).
A primeira coisa a saber sobre uma dinâmica: o que está sendo avaliado são suas experiências de vida e sua maneira de lidar com diferentes situações. O seu currículo foi avaliado na Triagem de Currículos, portanto na hora de fazer a apresentação pessoal concentre-se nas suas competências e não fique repetindo suas funções. Se você não conseguir demonstrar seu diferencial, você está fora!
Por exemplo: você trabalhou como estagiário em um escritório de advocacia. Suas funções eram elaborar peças processuais, ir ao Fórum conversar com o juiz, tirar cópias, cadastrar processos etc. Isso já está escrito em seu currículo. O que os avaliadores querem saber aqui é: O que você aprendeu com isso? Qual a influência dessas funções no profissional que você é hoje?
Ao trabalhar com peças processuais você aprendeu a trabalhar sob a pressão dos prazos? Aprendeu que comprometimento é essencial para qualquer profissional? Aprendeu a ter foco? Isso são competências e competências a gente não aprende na faculdade: a gente desenvolve a partir do momento que aprendemos a extrair lições de nossas experiências de vida.
Uma observação importante: É sempre bom ilustrar suas competências com situações que você viveu. A seleção por competências se baseia na maneira que você agiu diante de diferentes situações, pois as suas atitudes é que demonstram suas competências. É por isso que após as apresentações pessoais, geralmente somos divididos em grupos e expostos a cases.
Já ouvi muita gente dizendo: Meu grupo apresentou um projeto muito melhor do que o do outro grupo, mas passaram mais membros de lá do que de cá. Claro! Se fosse assim eles estariam avaliando o grupo todo e não cada indivíduo. O que está sendo avaliado de verdade não é se o seu projeto ficou melhor ou pior e sim como vocês fizeram o projeto: Quais competências você apresentou no momento de elaboração do projeto?
A partir das competências essenciais àquele determinado perfil é que o avaliador poderá concluir se você está dentro ou fora do padrão que ele busca. Assim, repetindo o que eu disse no tópico anterior, não adianta demonstar ser um líder se eles estão buscando uma pessoa de perfil operacional. Não adianta ser uma pessoa dinâmica se a vaga é para carimbar papéis.
Tenho percebido que algumas competências são essenciais na maioria dos processos para trainees. São elas: comprometimento, trabalho em equipe, foco em resultados, melhoria contínua, inovação/criatividade.
Assim, perguntas importantes a se fazer caso tenha sido reprovado em uma dinâmica são: Você trabalhou bem em equipe? Escutou a opinião de todos? Contribuiu com idéias criativas? Influenciou de alguma maneira o grupo? Chegou atrasado? Falou palavrão? Prestou atenção na apresentação dos outros grupos? Demonstrou ansiedade?
Nas brincadeiras, nas conversas, no coffebreak, durante toda a dinâmica as pessoas deixam transparecer suas características pessoais e são elas que serão avaliadas.
É claro que esse assunto não vai ser esgotado em um único post, mas a idéia que deve ficar é: Ser você mesmo é essencial! Mas, antes de sair por aí agindo como se estivesse em casa, lembre-se: Cada ambiente exige um comportamento distinto. Você não é o mesmo diante do seus pais, dos seus amigos, do seu chefe ou de seus sogros, mas em nenhum momento você deixa de ser você mesmo!
Atualização: Pessoal! Deem uma olhada nos comentários. Troca de idéias muito legal com a Julianna!
É importante relembrar que o perfil desejado já foi traçado pela empresa antes mesmo do processo começar e que cada perfil é composto por uma série de competências e atitudes comportamentais que deverão ser apresentadas pelos candidatos.
A menos que você tenha acesso ao perfil desejado, está na hora de estudar muito sobre a empresa: seus valores, sua visão, sua missão, o produto final, o perfil de seus colaboradores e, principalmente, estudar sobre a vaga para qual você está se candidatando.
Isto porque, o perfil traçado leva em consideração todas essas variáveis e é de suma importância que você se identifique com elas. (Já estou realizando uma pesquisa e vou fazer um tópico só sobre perfis para tentarmos aprofundar nesse assunto).
A primeira coisa a saber sobre uma dinâmica: o que está sendo avaliado são suas experiências de vida e sua maneira de lidar com diferentes situações. O seu currículo foi avaliado na Triagem de Currículos, portanto na hora de fazer a apresentação pessoal concentre-se nas suas competências e não fique repetindo suas funções. Se você não conseguir demonstrar seu diferencial, você está fora!
Por exemplo: você trabalhou como estagiário em um escritório de advocacia. Suas funções eram elaborar peças processuais, ir ao Fórum conversar com o juiz, tirar cópias, cadastrar processos etc. Isso já está escrito em seu currículo. O que os avaliadores querem saber aqui é: O que você aprendeu com isso? Qual a influência dessas funções no profissional que você é hoje?
Ao trabalhar com peças processuais você aprendeu a trabalhar sob a pressão dos prazos? Aprendeu que comprometimento é essencial para qualquer profissional? Aprendeu a ter foco? Isso são competências e competências a gente não aprende na faculdade: a gente desenvolve a partir do momento que aprendemos a extrair lições de nossas experiências de vida.
Uma observação importante: É sempre bom ilustrar suas competências com situações que você viveu. A seleção por competências se baseia na maneira que você agiu diante de diferentes situações, pois as suas atitudes é que demonstram suas competências. É por isso que após as apresentações pessoais, geralmente somos divididos em grupos e expostos a cases.
Já ouvi muita gente dizendo: Meu grupo apresentou um projeto muito melhor do que o do outro grupo, mas passaram mais membros de lá do que de cá. Claro! Se fosse assim eles estariam avaliando o grupo todo e não cada indivíduo. O que está sendo avaliado de verdade não é se o seu projeto ficou melhor ou pior e sim como vocês fizeram o projeto: Quais competências você apresentou no momento de elaboração do projeto?
A partir das competências essenciais àquele determinado perfil é que o avaliador poderá concluir se você está dentro ou fora do padrão que ele busca. Assim, repetindo o que eu disse no tópico anterior, não adianta demonstar ser um líder se eles estão buscando uma pessoa de perfil operacional. Não adianta ser uma pessoa dinâmica se a vaga é para carimbar papéis.
Tenho percebido que algumas competências são essenciais na maioria dos processos para trainees. São elas: comprometimento, trabalho em equipe, foco em resultados, melhoria contínua, inovação/criatividade.
Assim, perguntas importantes a se fazer caso tenha sido reprovado em uma dinâmica são: Você trabalhou bem em equipe? Escutou a opinião de todos? Contribuiu com idéias criativas? Influenciou de alguma maneira o grupo? Chegou atrasado? Falou palavrão? Prestou atenção na apresentação dos outros grupos? Demonstrou ansiedade?
Nas brincadeiras, nas conversas, no coffebreak, durante toda a dinâmica as pessoas deixam transparecer suas características pessoais e são elas que serão avaliadas.
É claro que esse assunto não vai ser esgotado em um único post, mas a idéia que deve ficar é: Ser você mesmo é essencial! Mas, antes de sair por aí agindo como se estivesse em casa, lembre-se: Cada ambiente exige um comportamento distinto. Você não é o mesmo diante do seus pais, dos seus amigos, do seu chefe ou de seus sogros, mas em nenhum momento você deixa de ser você mesmo!
Atualização: Pessoal! Deem uma olhada nos comentários. Troca de idéias muito legal com a Julianna!
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sexta-feira, 17 de julho de 2009
Não passei na triagem de currículos!!!!
Fiquei espantada com as críticas que encontrei na comunidade Trainee Brasil acerca da triagem de currículos realizada pelas recrutadoras. Então resolvi pesquisar acerca desse tema e achei muita informação! Tá certo que algumas informações são controversas, mas existem pontos em comum entre as opniões de especialistas e candidatos.
Primeiramente, gostaria de falar sobre o chat online realizado pela Curriculum Networks em sua feira online, do qual tive a oportunidade de participar. A profissional entrevistada trabalha com seleções e foi bem específica em relação a esse filtro:
1. São as empresas que escolhem os pré-requisitos, ou seja, não adianta se revoltar porque passou em uma empresa e não passou em outra. Cada empresa tem seu perfil. Não importa se você já trabalhou em inúmeras multinacionais, se tem inglês, espanhol e alemão fluentes, se é formado em 3 cursos superiores. Se o perfil da empresa é uma pessoa com pouca experiência, você tá fora! É triste, mas é a verdade.
2. Os requisitos, geralmente, são os mesmos: curso, instituição de ensino, conhecimentos em informática, idade, idiomas e, em algumas - experiência internacional.
Sobre o histórico escolar é bom saber que são avaliados se o seu curso se encaixa entre os requisitados pela vaga, se a sua instituição de ensino é bem qualificada e quais são as datas de início e conclusão do seu curso (essas datas vão dar a noção se você teve um rendimento regular durante seu curso de graduação. Por exemplo, seu curso tem a duração de 4 anos, mas sua data de início é 02/2002 e sua data de conclusão é 12/2009, são 8 anos na faculdade e isso não vai contar pontos para você).
Com algumas exceções, o nível de conhecimento do idioma exigido é o nível intermediário em pelo menos uma língua (preferencialmente o Inglês). Conhecimentos em outras línguas são considerados diferenciais utilizados, por exemplo, no caso de passarem muitos currículos para a próxima fase.
Os conhecimentos em informática exigidos são quase sempre os conhecimentos de usuário do pacote Office, a não ser que você esteja se candidatando para alguma vaga ná área de TI.
A idade é o requisito mais polêmico de todos! Tenho percebido que pessoas acima dos 24 anos estão encontrando muita dificuldade em ser selecionados para a próxima fase no caso das empresas de consultoria e auditoria como Deloitte, PWC e KPMG. Não incluí a Ernst & Young porque eu, mesmo com 25 anos, cheguei até a fase de entrevista com o sócio e, o próprio gerente que me entrevistou falou que entrou na empresa aos 25 anos. Sobre esse assunto, a Sofia Esteves falou que os filtros, geralmente são de 28 anos, variando para 27 e 26. Minha opinião é a de que as empresas que querem um perfil menos experiente optam por pessoas mais novas, enquanto que os processos que buscam trainees para ocupar cargos de gerência tem uma tolerância maior. Assim, se você prestou bastante atenção em todos os outros requisitos, tem certeza que preencheu todos e mesmo assim não passou, provavelmente você foi reprovado pela sua idade.
E, finalmente, experiência internacional. É claro que algumas empresas não utilizam esse filtro na triagem de currículos, mas é muito importante saber que as empresas hoje se preocupam muito mais com as competências adquiridas com suas experiências de vida do que com um currículo brilhante.
Além disso existem outros detalhes que podem explicar o porquê de uma reprovação na triagem dos currículos. Ao preencher um currículo online fique atento àqueles campos que oferecem alguns caracteres para que você fale mais sobre os seus objetivos, sua personalidade. São nesses campos que os recrutadores podem perceber se você está apenas "procurando um emprego" ou se você realmente quer trabalhar naquela empresa. Por isso, é importantíssimo ter pesquisado muito sobre a empresa (visões, missão, competências essenciais de seus colaboradores, produto final, market share, concorrentes, clientes etc) e sobre a vaga (quais serão suas funções, quais são as competências mínimas para preencher a vaga etc). Afinal só com essas informações você terá condições de dizer: EU ERA PERFEITO PARA ESSA VAGA.
Finalmente, se preocupe com palavras chaves, pois são essas palavras que o sistema irá buscar na hora de realizar "a peneira". Não se esqueça que você está preenchendo um currículo, seu cartão de visitas, sua embalagem, sua apresentação, por isso seja objetivo e formal, assim como o mercado de trabalho.
Dito isso, a dica que fica é: se você não passou na triagem de currículos, antes de sair distribuíndo críticas nada construtivas aos profissinais de RH, releia com atenção o edital de convocação para participar do programa de seleção e revise seu currículo, pelo menos 3 vezes como se você fosse o recrutador e, finamente, reflita se realmente você tinha preenchido todos os requisitos mínimos da vaga.
Lembre-se: a Resiliência, mais conhecida como capacidade de lidar com frustações é também competência essencial ao profissionais de hoje, portanto, se você não sabe lidar com a reprovação em um simples processo de seleção, provavelmente você não está preparado para o mercado de trabalho!
Primeiramente, gostaria de falar sobre o chat online realizado pela Curriculum Networks em sua feira online, do qual tive a oportunidade de participar. A profissional entrevistada trabalha com seleções e foi bem específica em relação a esse filtro:
1. São as empresas que escolhem os pré-requisitos, ou seja, não adianta se revoltar porque passou em uma empresa e não passou em outra. Cada empresa tem seu perfil. Não importa se você já trabalhou em inúmeras multinacionais, se tem inglês, espanhol e alemão fluentes, se é formado em 3 cursos superiores. Se o perfil da empresa é uma pessoa com pouca experiência, você tá fora! É triste, mas é a verdade.
2. Os requisitos, geralmente, são os mesmos: curso, instituição de ensino, conhecimentos em informática, idade, idiomas e, em algumas - experiência internacional.
Sobre o histórico escolar é bom saber que são avaliados se o seu curso se encaixa entre os requisitados pela vaga, se a sua instituição de ensino é bem qualificada e quais são as datas de início e conclusão do seu curso (essas datas vão dar a noção se você teve um rendimento regular durante seu curso de graduação. Por exemplo, seu curso tem a duração de 4 anos, mas sua data de início é 02/2002 e sua data de conclusão é 12/2009, são 8 anos na faculdade e isso não vai contar pontos para você).
Com algumas exceções, o nível de conhecimento do idioma exigido é o nível intermediário em pelo menos uma língua (preferencialmente o Inglês). Conhecimentos em outras línguas são considerados diferenciais utilizados, por exemplo, no caso de passarem muitos currículos para a próxima fase.
Os conhecimentos em informática exigidos são quase sempre os conhecimentos de usuário do pacote Office, a não ser que você esteja se candidatando para alguma vaga ná área de TI.
A idade é o requisito mais polêmico de todos! Tenho percebido que pessoas acima dos 24 anos estão encontrando muita dificuldade em ser selecionados para a próxima fase no caso das empresas de consultoria e auditoria como Deloitte, PWC e KPMG. Não incluí a Ernst & Young porque eu, mesmo com 25 anos, cheguei até a fase de entrevista com o sócio e, o próprio gerente que me entrevistou falou que entrou na empresa aos 25 anos. Sobre esse assunto, a Sofia Esteves falou que os filtros, geralmente são de 28 anos, variando para 27 e 26. Minha opinião é a de que as empresas que querem um perfil menos experiente optam por pessoas mais novas, enquanto que os processos que buscam trainees para ocupar cargos de gerência tem uma tolerância maior. Assim, se você prestou bastante atenção em todos os outros requisitos, tem certeza que preencheu todos e mesmo assim não passou, provavelmente você foi reprovado pela sua idade.
E, finalmente, experiência internacional. É claro que algumas empresas não utilizam esse filtro na triagem de currículos, mas é muito importante saber que as empresas hoje se preocupam muito mais com as competências adquiridas com suas experiências de vida do que com um currículo brilhante.
Além disso existem outros detalhes que podem explicar o porquê de uma reprovação na triagem dos currículos. Ao preencher um currículo online fique atento àqueles campos que oferecem alguns caracteres para que você fale mais sobre os seus objetivos, sua personalidade. São nesses campos que os recrutadores podem perceber se você está apenas "procurando um emprego" ou se você realmente quer trabalhar naquela empresa. Por isso, é importantíssimo ter pesquisado muito sobre a empresa (visões, missão, competências essenciais de seus colaboradores, produto final, market share, concorrentes, clientes etc) e sobre a vaga (quais serão suas funções, quais são as competências mínimas para preencher a vaga etc). Afinal só com essas informações você terá condições de dizer: EU ERA PERFEITO PARA ESSA VAGA.
Finalmente, se preocupe com palavras chaves, pois são essas palavras que o sistema irá buscar na hora de realizar "a peneira". Não se esqueça que você está preenchendo um currículo, seu cartão de visitas, sua embalagem, sua apresentação, por isso seja objetivo e formal, assim como o mercado de trabalho.
Dito isso, a dica que fica é: se você não passou na triagem de currículos, antes de sair distribuíndo críticas nada construtivas aos profissinais de RH, releia com atenção o edital de convocação para participar do programa de seleção e revise seu currículo, pelo menos 3 vezes como se você fosse o recrutador e, finamente, reflita se realmente você tinha preenchido todos os requisitos mínimos da vaga.
Lembre-se: a Resiliência, mais conhecida como capacidade de lidar com frustações é também competência essencial ao profissionais de hoje, portanto, se você não sabe lidar com a reprovação em um simples processo de seleção, provavelmente você não está preparado para o mercado de trabalho!
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quinta-feira, 16 de julho de 2009
Em busca do meu lugar ao sol!
Olá mundo virtual!
Pela primeira vez vou me aventurar a postar minhas idéias e experiências nesse "mundão" que é a internet!
Bom, meu nome é Mariana Coimbra e, como milhares de jovens universitários e recém formados percebi que sou apaixonada pelo mundo corporativo e que vale à pena passar por toda a ansiedade e tortura que trazem os processos de trainee para conseguir "meu lugar ao sol"!
Alguns podem achar que sou louca e que era melhor estudar, fazer um conscurso público e ficar o resto da vida recebendo um bom salário sem passar por muitas pressões, afinal, eu vou me formar em Direito!
Mas, como pessoa dinâmica, curiosa e empreendedora que sou não ia ser feliz vivendo sem a pressão, a correria e os desafios do mundo corporativo! Sim! Eu sou aquele tipo de pessoa que adooooora viver sob pressão!
Assim, como percebi a insatisfação de muitos candidatos que não recebem o famoso feedback dos processos seletivos, resolvi compartilhar minhas experiências com vocês!
Em tempo: Não sou especialista no assunto, não sou formada em psicologia e, apesar de ter feito um curso sobre Recursos Humanos não sou da área. Sou uma pessoa super curiosa e que adora saber de tudo! Tenho pesquisado muito sobre a tal seleção por competências e sobre os possíveis fatores que interferem na escolha ou não de um candidato.
Por isso, minha proposta é a de ajudar a todos a refletir sobre o que pode ter acontecido para recebermos "um bota" (na linguagem dos candidatos bota quer dizer que você foi reprovado) ou até mesmo para não termos recebido resposta alguma daquele selecionador já que achávamos: Eu fui tão bem! Eu era perfeito (a) para aquela vaga! Era o meu perfil!...
Portanto, peço a vocês (será que terei mesmo leitores??) que me ajudem a montar esse blog me mandando suas experiências e suas dúvidas. Prometo que vou pesquisar, entrar em contato com profissionais da área e fazer o possível para responder suas dúvidas e, quem sabe, te ajudar a conseguir AQUELA vaga!!
Boa sorte para todos nós!
Beijos,
Mari
Pela primeira vez vou me aventurar a postar minhas idéias e experiências nesse "mundão" que é a internet!
Bom, meu nome é Mariana Coimbra e, como milhares de jovens universitários e recém formados percebi que sou apaixonada pelo mundo corporativo e que vale à pena passar por toda a ansiedade e tortura que trazem os processos de trainee para conseguir "meu lugar ao sol"!
Alguns podem achar que sou louca e que era melhor estudar, fazer um conscurso público e ficar o resto da vida recebendo um bom salário sem passar por muitas pressões, afinal, eu vou me formar em Direito!
Mas, como pessoa dinâmica, curiosa e empreendedora que sou não ia ser feliz vivendo sem a pressão, a correria e os desafios do mundo corporativo! Sim! Eu sou aquele tipo de pessoa que adooooora viver sob pressão!
Assim, como percebi a insatisfação de muitos candidatos que não recebem o famoso feedback dos processos seletivos, resolvi compartilhar minhas experiências com vocês!
Em tempo: Não sou especialista no assunto, não sou formada em psicologia e, apesar de ter feito um curso sobre Recursos Humanos não sou da área. Sou uma pessoa super curiosa e que adora saber de tudo! Tenho pesquisado muito sobre a tal seleção por competências e sobre os possíveis fatores que interferem na escolha ou não de um candidato.
Por isso, minha proposta é a de ajudar a todos a refletir sobre o que pode ter acontecido para recebermos "um bota" (na linguagem dos candidatos bota quer dizer que você foi reprovado) ou até mesmo para não termos recebido resposta alguma daquele selecionador já que achávamos: Eu fui tão bem! Eu era perfeito (a) para aquela vaga! Era o meu perfil!...
Portanto, peço a vocês (será que terei mesmo leitores??) que me ajudem a montar esse blog me mandando suas experiências e suas dúvidas. Prometo que vou pesquisar, entrar em contato com profissionais da área e fazer o possível para responder suas dúvidas e, quem sabe, te ajudar a conseguir AQUELA vaga!!
Boa sorte para todos nós!
Beijos,
Mari
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