sexta-feira, 28 de agosto de 2009
O grande X da questão!
Há alguns dias estava querendo comentar alguns acontecimentos que só corroboraram com a minha tese de que se conhecer e se identificar com a empresa e vaga é fundamental para obter realização profissional.
Primeiramente, gostaria de falar de uma matéria muito comentada alguns dias atrás: a reportagem exibida pelo Jornal da Globo do dia 07.08.09: "Empresas estão com dificuldade em encontrar trainees e vagas estão sobrando" . Essa matéria toca em um ponto crucial: Sobra talento, falta maturidade!
"O problema passa longe da falta de qualificação. O ponto 'X' da questão é o comportamento", diz um trecho da reportagem. Nós, exemplares autênticos da GenY, estamos cada vez mais impacientes, cada vez mais ansiosos e cada vez menos resilientes.
Como somos jovens criados no mundo da tecnologia que se supera a cada dia, da internet sem limites e dos jogos de video game onde vivemos gigantescas fantasias, acabamos nos tornando jovens imediatistas, impacientes e mimados.
Eu acredito que tudo começou com o controle remoto. Foi com ele que aprendemos a acelerar e até pular tudo aquilo que é monótono, feio, chato e desagradável, mas é preciso entender que quando se trata de carreira, aprendizado e da própria vida, usar o botão FF (fast forward) é um grande erro!
Depois, quando li o post da Lili: "As belas artes da comunicação" , no blog Trainee2010, e me deparei com a pergunta: "Por que as pessoas não lêem?" Só uma resposta me veio à cabeça: Porque elas estão cada vez mais ansiosas!
Se os candidatos andam sem paciência para ler os próprios editais dos processos seletivos, como esperar que, no caso de serem contratados, terão paciência para enfrentar o processo de amadurecimento e formação profissional que precisarão passar antes de assumir um cargo de gerência?
A grande ironia foi encontrar exemplos desse comportamento no próprio tópico da comunidade Trainee Brasil que tinha como objetivo discutir essa reportagem. Alguns candidatos não se deram ao trabalho de ler a reportagem antes de comentar, tamanha era a ansiedade para emitir sua opinião.
Assim, mesmo a reportagem tendo deixado claro que o problema não era a qualificação dos candidatos, não faltaram posts criticando o fato das empresas não encontrarem candidatos qualificados em meio a milhares de concorrentes.
Enfim, o que pude perceber é que a ansiedade está presente desde as pequenas coisas: da falta de paciência para ler uma reportagem até a desmotivação por não ter alcançado o cargo de gerência em pouco tempo.
Além disso percebi que os candidatos estão enfrentando grandes dificudades para aceitar a reprovação. Alguns chegam a se revoltar contra a empresa ou contra os métodos de seleção.
Não quero aqui discutir qual o melhor método de seleção ou o que pode ser mudado na maneira de contratar das empresas. Quero mesmo é chamar atenção para uma característica pouco valorizada pelos candidatos e muuuito valorizada pelas empresas: Resiliência.
É fácil perceber que a "lua-de-mel" de alguns candidatos com as empresas acaba no momento da reprovação. O problema sempre está no método de selecionar ou na empresa que está selecionando, nunca em seu currículo ou em sua atitude.
Um candidato que não consegue lidar bem com a reprovação em um processo seletivo, certamente terá problemas quando tiver que enfrentar um corte de verbas ou um projeto vetado no caso de ser contratado.
Acredito que todos precisam perceber que o processo de seleção é apenas o início de uma trajetória e que resiliência e capacidade de controlar a ansiedade são competências indispensáveis não só para ser aprovado em um processo seletivo, mas para construir uma carreira sustentável, caracterizada por resultados excelentes e contínuos.
E o que tudo isso tem a ver com autoconhecimento e identificação com a vaga?
Tudo!
Trabalhar em uma empresa com a qual você se identifica é uma ótima maneira de se manter motivado, independente da demora a se alcançar novos cargos ou dos problemas e obstáculos encontrados no caminho!
Por isso, encerro o post falando do assunto do momento: O programa Próximos Líderes. Uma empresa que busca candidatos através da identificação de valores, não através da divulgação de seu faturamento, de sua marca ou das oportunidades de uma grande carreira e salários altos.
Na minha opinião, esse programa é uma reposta direta a muitos candidatos que, diante de uma reprovação se perguntam: Por que não passei???
Agora é torcer para que todos entendam a mensagem que esse programa quer passar.
Para ter uma ideia melhor acerca do programa e de porque acredito que ele corrobora com a tese de que a identificação é essencial, deixo a indicação do post da Julianna à respeito do assunto. Perfeito. Post aqui.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Mais chances de ser aprovado!!!
Diante da enorme diferença entre a quantidade de candidatos e o número de aprovados, muitos são aqueles que se perguntam: "Por que não passei?". A resposta a esta pergunta pode ser a chave para a aprovação em um dos concorridos processos seletivos e as chances dos reprovados serem agraciados com o famoso feedback são raríssimas.
Diante disso, qualquer dica, conselho, artigo sobre o assunto e, até mesmo, relatos de outros candidatos acerca de suas experiências em processos passados, transformam-se em aliados poderosos à nossa preparação.
Acontece que, nem sempre, tudo isso ajuda (às vezes pode até prejudicar) e muito menos garante que você não vai se decepcionar caso seja finalmente aprovado.
É exatamente sobre isso que Viviane Macedo escreveu em sua excelente matéria "Seleções precisam de menos personagem e mais personalidade, afirmam especialistas" publicada no site Emprego Certo no dia 04/08/09.
Com uma simples leitura do artigo é possível perceber que a opinião de especialistas em recrutamento é unânime: muitos candidatos incorporam as dicas e se transformam em robôs que têm a mesma fala, o mesmo discurso nas dinâmicas.
Essa atitude acaba demonstrando a criação de um personagem que provavelmente vai mascarar seu diferencial e suas competências. Essa personalidade escondida pode ser exatamente aquilo que a empresa esperava para aquela função.
Acontece que esse personagem surge da falta de preparo do candidato que, na minha opinião, não se preocupa em se conhecer antes de escolher as empresas com as quais ele mais se identifica. Não vejo problema algum em participar de vários processos de seleção, afinal acho plenamente possível você se identificar com mais de uma empresa. O problema é atirar para todos os lados, sem se preocupar com o que vai acontecer após a contratação.
Por isso, sem querer parecer repetitiva ou chata, acredito que a melhor maneira de se preparar para um processo seletivo é se conhecendo. A partir do momento que você reserva um tempinho para pensar em você (nas suas características, nas suas expectativas, nas suas experiências), você terá maior segurança para escolher a empresa onde deseja trabalhar. Aquela com a qual você mais se identifica.
"Não basta ter um currículo, é preciso conhecê-lo. As atividades desenvolvidas nas últimas empresas, os cursos que fez, quem deu, por que fez o curso, como ele agregou. Foi a uma palestra, então deve ter um motivo para isso, saber sobre o palestrante, suas ideias. Enfim, o candidato tem de ter sempre um conteúdo a mais para mostrar profundidade, envolvimento e não cair na armadilha de tentar ser o que não é", disse Fábia Cristina de Barros, gerente da Foco Futuro.
A partir daí tudo fica mais fácil, pois você terá prazer em pesquisar sobre aquela empresa e vai saber exatamente porque quer trabalhar ali e quais suas características e competências serão seu diferencial na disputa pela vaga.
Por fim, destaco duas frases ditas pelas consultoras entrevistadas por Viviane Macedo:
"Um bom profissional se faz de erros e acertos. As pessoas tendem a mascarar as gafes da carreira achando que é um fator negativo, mas não é, desde que se tenha aprendido com isso", disse Fábia.
"Saber mais sobre seleções pode ajudar muito o profissional, mas ele precisa entender antes que as dicas existem apenas como um suporte, portanto é preciso filtrar e adequar àquilo que ele é de verdade - se existe segredo é esse, ser sempre você mesmo", finalizou Bruna Dias, consultora da DMRH.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
O que mais reprova???
Como vocês já devem ter percebido, eu tenho uma inexplicável necessidade de saber o porquê das coisas! Por mais que eu saiba que cada empresa tem um perfil e que é impossível ser aprovada em todas as etapas de tooodos os processos (que bom se fosse assim, né?), eu preciso pesquisar e, pelo menos tentar, descobrir o porquê.
Acho que isso acontece por culpa da minha incansável vontade de me superar o tempo todo. Sempre fui assim: procuro fazer melhor do que fiz, sabendo que continuarei tentando melhorar sempre. Por isso, é tão importante saber onde está a falha.
Na verdade, essa é uma característica da minha geração: a Geração Y. Sempre questionadores, inquietos. Não gostamos da tal "zona de conforto". Estamos sempre pensando em uma maneira de acelerar as coisas, de melhorar o sistema. Uma vez alguém me disse: "Meu sonho é ser o melhor em alguma coisa. Não importa em que. Mas quero ser o melhor naquilo. Ser reconhecido por isso". Achei isso tão lindo! Tão inspirador!
Enfim, fui procurar respostas para a minha pergunta.
Primeiro voltei à pagina de inscrição no processo. Li, reli e li de novo todos os pré-requisitos, as descrições da empresa, do perfil procurado, das áreas de atuação. Depois fui até meu currículo. Li, reli e li de novo tudo aquilo que eu tinha preechido. Alguma coisa estava errada. Tinha que estar.
Quando não consigo enxergar sozinha, vou buscar ajuda! Pedi ajuda aos demais candidatos do processo pela comunidade Trainee Brasil no Orkut e mandei um e-mail para Julianna (do post "Eu, Trainee"). Depois de algumas pesquisas descobri que o fator de eliminação pode ter sido qualquer um, uma combinação de fatores ou, até mesmo, nenhum!
Pode ter sido meu curso, minha faculdade, minhas experiências profissionais e, até mesmo uma desatenção no preenchimento de um adendo ao meu currículo. Explico: existia um espaço para que eu selecionasse tantas quantas fossem as cidades onde eu estaria disposta a morar caso fosse aprovada. Entendi que era para marcar a cidade de preferência para trabalhar e assinalei apenas Recife. Assim, pode ser que eles tenham aberto vagas pra a minha área de interesse (Recursos Humanos) somente para São Paulo e, como não tinha assinalado a minha disponibilidade de morar na Capital Paulista, eu posso ter sido reprovada por isso. (Se for por causa disso, estou torcendo para que o e-mail que enviei para a empresa recrutadora, consiga consertar o erro!)
Enfim, posso ter sido reprovada por inúmeros motivos. E, provavelmente, vou continuar sem saber o porquê. O bom disso tudo é que resolvi saber um pouco mais sobre os fatores que mais reprovam candidatos em um processo como esse.
Entrei e contato com a Eline Kullok, Presidente do Grupo Foco, (um amor de pessoa, qua adora compartilhar e entende nossa geração como ninguém) e perguntei se ela poderia me ajudar com alguns dados concretos!
(Para visitar o blog da Eline, o endereço é http://www.focoemgeracoes.com.br/)
Eline, como sempre foi muito solícita e me encaminhou para a Renata Schimdt, Gerente da Foco Talentos que me passou algumas informações valiosas!
De acordo com a Renata, a etapa que mais reprova candidatos é a dos testes online. Das avaliações que recebemos por e-mail, o que mais reprova é a de Raciocínio Lógico seguida pela de Português e, por fim a de Inglês.
No chat online promovido pela AMBEV em seu hotsite para candidatos a Trainee, ao ser indagada sobre como se preparou para estes testes, Mariana Miné, Trainee AMBEV 2006 respondeu: "Me preparei ao longo da vida". E eu acredito que a receita seja essa mesmo. O que te prepara para enfrentar a maratona de testes e avaliações são suas experiências pessoais.
Entretanto, para quem quer se preparar um pouco mais para essa etapa, existe uma dica muito boa no Blog da Lili, inclusive com o link para o site do Professor Edgar que reúne uma seleção de provas de raciocínio lógico.`
A Renata me disse também que muitos candidatos são reprovados na triagem de currículos por causa do curso de graduação, ano de formação e idiomas. Por exemplo: Se a exigência do programa é fluência em inglês e você preenche com inglês avançado ou intermediário, você é eliminado logo na primeira fase.
Sobre essa fase, para quem não leu, tem um tópico com muitas informações aqui.
Por fim, a Renata ressaltou que aproximadamente 40% dos candidatos são eliminados por não apresentarem, na dinâmica, as competências comportamentais exigidas pela empresa.
Gostaria de chamar a atenção de vocês para um trabalho muito bacana que o Grupo Foco está realizando:
É a criação da Foco Futuro, uma unidade especializada no treinamento de profissionais em início de carreira. Com o desafio de potencializar o conhecimento e a performance dos candidatos em processos de seleção pra Programas de Estágio e Trainee, a Foco Futuro está oferecendo um curso de preparação para enfrentar a maratona de processos seletivos, aumentando as chances de conquistar um lugar no competitivo mercado de trabalho. (Infelizmente esse curso não está disponível para Recife. Eu ia amar receber dicas e ser treinada por profissionais).
Além disso, no blog da unidade Foco Talentos, existe um veículo de comunicação entre os candidatos e o Grupo Foco. Onde é possível fazer perguntas que serão respondidas por profissionais de Recursos Humanos. Para tirar dúvidas ou encontrar maiores informações: www.focotalentos.com.br.
Fica a dica!